quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De malas na mão

Um dia eu disse "você achou que eu ia ficar nessa pra sempre?!" como quem estava com as malas na mão e partia para nunca mais voltar.

Não tem muito tempo.
E cá estou eu de volta ao começo.

Passei pelo começo, passei pelo fim, passeei por uns caminhos afins mas nunca me distanciei o suficiente desse ponto de partida.
Nunca me desliguei de verdade desse caminho que às vezes parece sem volta.

Em dias como hoje eu penso se realmente esse caminho tem saída e repenso minha atitude de esperar que ele vá me levar pr'aquele outro lugar que a gente decorou.


Não deve ser tão difícil assim, afinal.

Juntos fizemos o quarto, escolhemos os edredons e as toalhas. Não chegamos a comprar talheres, dava pra comer com a mão. Não compramos panelas também...o telefone da pizzaria estava pregado na geladeira. O sofá, a televisão, o tapete e toda a mobília que iria receber os amigos, compramos de segunda mão. Não fazia mal porque a cama-box era nova. E era só nossa.

A casa está pronta. Erguida. Vez ou outra alguma parede cai, mas não demora e construímos outra. Já nos acostumamos. Se um quer destruir a casa o outro, de pronto, corre a reconstruí-la. A casa está pronta mas está vazia.

Até quando?

Isso é o que me pergunto... Até quando ficaremos nesse joguinho barato?
É o que eu te pergunto.



Parada. Na minha frente abrem-se caminhos, possibilidades, quereres. Não sei mais até quando terei forças ou vontades de continuar parada. O tempo corre a minha volta e eu desaprendi a dizer não.

Nenhum comentário: