Mas o texto, que mistura Ricardo Reis, Carlos Drumond de Andrade e Eugene Ionesco é esse:
A realidade é sempre mais ou menos do que nós queremos. Só nós somos sempre iguais a nós próprios.
Os deuses são deuses porque não se pensam.
A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, na força que não usamos ou na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento perdemos também a felicidade.
Por isso, eu vou contar uma piada: "A raposa e a serpente". Certa vez uma serpente aproximando-se de uma raposa disse-lhe: "Parece-me que já a conheço". A raposa respondeu: "A mim também". "Então", disse a serpente, "me dá dinheiro". "Raposa não dá dinheiro" respondeu o ousado animal que para escapar pulou num vale profundo cheio de pés de framboesa e mel de galinha. A serpente já estava esperando, rindo com um sorriso mefistofélico. A raposa puxou a faca urrando: "Eu vou te ensinar a viver" Depois fugiu, virando as costas. Não conseguiu, a serpente foi mais esperta. Com um soco bem dado bateu na raposa, bem no meio da testa que se quebrou em mil pedaços, gritando: "Não, não! Quatro vezes não! Eu não sou sua filha!"
Os deuses são deuses porque não se pensam.
A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, na força que não usamos ou na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento perdemos também a felicidade.
Por isso, eu vou contar uma piada: "A raposa e a serpente". Certa vez uma serpente aproximando-se de uma raposa disse-lhe: "Parece-me que já a conheço". A raposa respondeu: "A mim também". "Então", disse a serpente, "me dá dinheiro". "Raposa não dá dinheiro" respondeu o ousado animal que para escapar pulou num vale profundo cheio de pés de framboesa e mel de galinha. A serpente já estava esperando, rindo com um sorriso mefistofélico. A raposa puxou a faca urrando: "Eu vou te ensinar a viver" Depois fugiu, virando as costas. Não conseguiu, a serpente foi mais esperta. Com um soco bem dado bateu na raposa, bem no meio da testa que se quebrou em mil pedaços, gritando: "Não, não! Quatro vezes não! Eu não sou sua filha!"

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