quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sapos

Depois disso, num restaurante...

Cliente: -Amigo, me vê aí uma meia dúzia de sapos!
Garçom (meio sem jeito): -Bem...creio que não convenha, senhor, eles estão vencidos.
Cliente: -Ah! Mas não é problema! Traga-os mesmo assim.
Garçom: -Mas, senhor...
Cliente: - Querido, eu insisto. Traga-os e sente-se comigo.
Garçom (desconcertado): - Creio que não seria possível, senhor.
Cliente: -Não se preocupe! Não é preciso que você os engula comigo...
Garçom: -Mesmo assim.
Cliente (continuando): -Basta que sente-se e me faça companhia. Já seria excelente! Aproveite e me traga também um suco de laranja para ajudar a descer.
Garçom (levemente atordoado): Sim, sim. É pra já, então...


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Go play and have fun!

Engraçado.
Eu já passei por tanta fase na minha vida que é até divertido. E o pior é que não é exatamente fácil separar cada uma. Elas se misturam tanto que no fim parece que minha vida inteira é uma fase só. E se eu precisasse entitulá-la, se chamaria: "Tudo ao mesmo tempo agora". Sim, porque dentro dessa fase maluca não há respeito pela gradatividade na dificuldade. O chefão chega já na no começo, alopra tudo e fica no cantinho só observando. Sempre que ele acha que eu estou seguindo bem e conseguindo pegar maçãzinhas de bônus e vidas extras ele vem me atormentar novamente. O gráfico de dificuldade sobe e desce com tanta facilidade quanto uma montanha russa invertida com loopings vertiginosos. Fases.


Fases da lua. Fases do ano. Fases da vida. Vida em fases.
Fase atual: vida.

Viver não é o bastante. Há que se inventar competições e jogos.
Competir não é o bastante. Viver já foi mais do que esperar o próximo desafio.


............
(reticências extras como bônus pelo recorde alcançado)

Será que é cenário a casa da atriz?

A minha casa é a casa dos 'ex'. Do pretério imperfeito.
Sim.
O quarto da minha irmã era dela. Agora é seu ex-quarto e atual quarto dos gatos. (pois é...!)
No mesmo dia meu quarto passou a ser meu ex-quarto e atual quarto meu e da minha irmã. Não sendo bastante, este cômodo já acomodado (que péssimo trocadilho!) com mudanças passaria a ser meu, da minha irmã e da minha vó.
Tudo bem, ok! Chega de mudanças, não é?
Não...não é. Não foi.
E agora não bastasse meu quarto ser meu ex-quarto, ele também é o ex-quarto da minha irmã e o ex-futuro-quarto da minha vó.
Onde eu vivo agora? No ex-quarto dos meus pais. E aquele que nem se lembra mais que um dia já foi meu, acrescentou meus pais a sua lista de moradores.

Mas que confusão!
Eu durmo neste, mas minhas roupas estão nesse e eu ainda roubo roupas da minha irmã naquele...
Por fim, chego a uma conclusão:
Meu quarto todo é minha casa toda.
Ah! Que legal! Eu tenho uma geladeira e um fogão no meu quarto!
Uhu! Agora eu tô feliz...

...
[indignações reticentes]

domingo, 18 de janeiro de 2009

Oh!

Hoje eu encontrei um pônei dourado com listras verdes e bolinhas pretas com detalhes feitos de cristal Swarowski.
Não imaginam a minha surpresa!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Currículo Genotípico de Geralda


Era uma vez uma garota que vivia numa Lavoura de bananas. Ela morava lá com sua família e amigos desde criança.
Um belo dia, um Pônei que passava por aquela região resolveu parar para descansar e se alimentar quando encontrou aquela bela garota que cuidava da plantação.
Seus olhares se cruzaram num momento único e eles quiseram se aproximar. Ele curioso, ela cautelosa. Eles conversavam, comiam bananas e às vezes colocavam manjericão para secar ao sol.
Quase todos dias ele voltava e eles se tornaram amigos. Nos dias em que ele não vinha a garotinha ficava triste e nem tocava na plantação de manjericão.
Até que, finalmente, o Pônei veio com suas coisas e parecia querer ficar na Lavoura. A menina ficou surpresa no início, mas depois pensou que, de fato, o celeiro estava vazio havia algum tempo e que talvez não fosse problema o Pônei ficar lá por uns tempos.
Tudo corria bem até que um dia ele sem perceber problemas nisso a chamou de Minha Potranca. No mesmo instante ela, que já sentia um certo receio de ter um Pônei desconhecido no seu celeiro, ficou chateada e até com certa raiva dele.
A partir de então eles não conseguiram conversar mais. Pareciam estar falando grego um pro outro. E no meio desses desentendimentos, a menina quis pôr o Pônei pra fora. Mas ele também já tinha tido essa mesma idéia e quando ela chegou ao celeiro não o encontrou mais.
Ela achou ruim, apesar de tudo, e chorou. Como não fazia desde os tempos dos antigos moradores do celeiro.
Passado o susto ela percebeu que tudo estava bem. Afinal ele era um Pônei e precisava mesmo continuar seus passeios aleatórios por aí. E ela precisava cuidar das aleatoriedades de sua lavoura de bananas!
Ah...! E continuar secando manjericões ao sol escaldante do verão que se aproximava...!!

A nossa outra vida

O século XXI nos deu o poder de escolher uma outra vida: o orkut.
Nós temos nossa vida real. Como somos, como agimos, do que gostamos, aonde vamos e com quem conversamos.
Já no orkut podemos ser do jeito que quisermos. Ter a nossa aparência ou uma melhorada. Nosso nome ou um mais bonito. Escrever frases legais, compartilhar vídeos 'cults', 'conhecer' amigos que nunca vemos, fazer parte de comunidades que têm a ver com a gente ou com a pessoa que queremos que os outros achem que somos.
O orkut é a perfeição. Afinal nele somos livres. Essa é a tal da liberdade de expressão...
Fazemos até miniaturas nossas em 3D podendo escolher a cor da pele, do cabelo e a roupa que bem entendermos. É possível parecer uma princesa ou uma vampira. E, se achou muito, prepare-se: a liberdade não acaba por aí. É possível ainda beijar, abraçar e até dar uma rasteira, chutar ou socar seu amigo sem nenhuma consequência. É capaz de seu amigo achar engraçado e lhe devolver na mesma moeda, num tom super amistoso.
Eis então o supra-sumo da felicidade, amigos! Pelo orkut, eu posso saber da vida do meu ex-namorado, como ele se sente ou quer que eu ache que ele se sente (sim, porque ele sabe que não é o único a bisbilhotar). Pelo orkut eu posso saber mais da vida do meu próximo alvo. Saber, pelas suas comunidades, se ele vale mesmo a pena. Posso ler toda a conversa da minha amiga com o mais novo peguete dela e definir se a aconselho a investir ou a dar um fora. Posso investigar qualquer coisa do mundo, afinal o site é do google...(e se existe, logo está no google!)
Aliás, se por um lado o orkut dá a liberdade de sermos quem quisermos, por outro acaba com nossa privacidade, já que qualquer um pode ler meus recados e ver meus álbuns de fotografias sem problemas (dá até pra roubar fotos!). Tem até a sessão dedicada à fofoca: onde uns amigos falam sobre mim para os outros...eles chamam de depoimento, mas o nome disso para mim é fofoca!
Agora até teste de Q.I. tem lá. E sua pontuação (fajuta ou não, pois o teste é bem suspeito) fica exposta para seus amigos. Assim como a música que você ouve, os livros que leu, o time que torce. Uma sorte de aplicativos que te deixam cada vez mais livre para se mostrar como quiser e com cada vez menos privacidade pra viver sua vida (real) em paz. Sim, porque o que acontece na rede é assunto fora dela também.
O que se faz vai parar no orkut e o que acontece no orkut acaba virando real.
Acabo de chegar a uma conclusão: o orkut é como o Big Brother. Só que bem pior: a galera convive, conversa, ouve música, vê filmes, dança, ri, briga, dorme, alguns são eliminados, alguns se eliminam. Muitos enchem o saco de outros tantos...
Mas no final ninguém sai rico ou com um carro 0 Km nas mãos.

Uma grande pena, se afinal pensarmos bem.
Hormônio Feminino que nos muda tanto,
apareça apenas uma vez por mês.
Mude nossos pensamentos, mas não com tanta velocidade.
Mude nosso corpo, mas não com tanta vontade.
E não nos fazei cair em contradição,
pois a verdade e a sanidade ainda precisam ser mantidas e resgatadas.
Amém.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Signos...eles de novo!

Meus signos são irritantemente fáceis de serem lidos...
Música! Música!
Nada melhor no mundo pra me fazer bem.
Alta, de preferência. Mas só na minha orelha...
Se o mundo acabasse em música eu simplesmente morreria feliz.
Satisfeita.
Crio uma barreira em mim quando há música.
Ou tento criá-la.

cama, música e silêncio...
invetigue!
algo está errado. E sabe o que é?
Nada!
Nunca é nada...mas sempre tanto.

sábado, 10 de janeiro de 2009

E de novo fico eu aqui esperando Godot....
Aquele senhor de barbas brancas...
Um dia ele vem...
Quem sabe amanhã.
É, com certeza ele vem amanhã. Foi o que ele disse!
Vamos ficar aqui esperando.

Todo os dias têm amanhã mesmo...
Esses dias eu tenho entendido por que as pessoas insistem em fazer o que não querem fazer.
Provavelmente é a necessidade...
E eu insisto em querer chorar.
Mas eu não quero querer.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

É estranho...

E estranho a falta que faz.
Eu estranho que se faça,
Estranho que não se queira fazer.
Estranhamento infeliz que não se
contenta em existir.
Lhe faz necessário lembrar-nos
a sua existência.
Cutucar.
Angustiar.
Estranho que se queira,
Eu estranho não fazer.
A falta é estranha e
Mais estranho é não ter.


(07-01-09)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Estive pensando o que escrever no primeiro post de 2009.
Deveria ser algo especial...Ou mais relevante...ou...
Ou simplesmente não.

É somente o primeiro. Não é o único, não é o último...não precisa ser o melhor.

Eu costumo me repetir isso sempre que alguma coisa acontece e eu não gosto muito ou não corresponde às minhas expectativas. Nada deve ser esperado ou imaginado demais...isso só traz decepção! Sério...!

Então...o primeiro não precisa ser o melhor.
O primeiro nem mesmo precisa ser bom!
Ele vai ter que aparecer algum dia, para que hajam os segundos e até os que parecem ímpares e finalmente os últimos.

Os "1º's" são apenas degraus.
E necessitam ser utilizados, como em qualquer escada.

Por tanto, primeiramente...sem nada que possa ser especial, extaordinário ou excepcional...
Boas-vindas ao ano novo que se apresenta e promete ser tudo o que não se deve esperar!

[...]
Reticências ansiosas esperando por todos os próximos primeiros possíveis!