segunda-feira, 3 de março de 2014

Às vezes eu fico pensando se não sou eu que estou errada.

Tem muita coisa em que eu não acredito, coisas que eu não compartilho, coisas que eu não gosto. Também tem uma porção de coisas que eu não gosto mas respeito. E tem um tanto de coisa que eu não sei se gosto, se respeito, se não entendo, se não conheço...

Mas eu vejo tanta intolerância, tanta falta de vontade de compreender o outro, de receber. Tanto medo do outro. Como se o que vem de fora tivesse que, necessariamente, nos invadir, nos mudar. Será que é tão difícil conviver com o diferente? Por que não podemos apenas aceitar o alheio? Se o outro gosta de verde, eu preciso mudar meu gosto e deixar o vermelho pra lá? Ou podemos, cada um a sua maneira, gostar das nossas cores sem que isso interfira negativamente na vida do outro?

Eu vejo uma grande preocupação com o que o outro vai pensar. E pouca preocupação com o outro. Com o bem estar do grupo. Com a harmonia.

Tenhamos mais comunhão. Da verdadeira. Mais respeito, menos desejo de mudança do outro para que ele fique mais igual a nós mesmos e mais vontade de ser igual ao outro para entender como é ser alguém que não você mesmo. Mais compaixão (que me ensinaram um dia que era a capacidade de se colocar no lugar do outro. Não sei se é, mas guardei como sendo e não me fez mal).

Mais amor, por favor.

Tomara meu Deus, tomara / Que tudo o que nos separa / Não frutifique, não valha / Tomara, meu Deus