sábado, 23 de outubro de 2010



As palavras não foram feitas para encher quartos.
Foram feitas para que as pessoas se esvaziassem delas.

Essas palavras foram feitas para que eu me esvaziasse de mim.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

E a espera segue...

O fato é que eu não sei de nada, quer dizer...sei que existe uma possibilidade, mas ela ainda nem pode ser confirmada: Não tenho verdadeiros indícios.
Só sei que estou um bocado nervosa, apesar de dizer que não. Mas é que eu não evitei, sendo que poderia. Até evitei, mas deveria ter arranjado outro jeito e continuar evitando... =\ Jeito que não foi arranjado por, digamos, medo...ou sei lá. Sei que não queria passar mais uma vez por aquilo. (É muito ruim, diga-se) Sei que por não ter passado por essa coisa chata, posso passar por outra mais complicada.
Mas agora não tem mais jeitos a serem tomados.
Ou é agora que os jeitos têm que ser tomados, não sei bem...
Aí agora li o texto de uma amiga. E por muito, mas muito pouco mesmo não desabei a chorar.

Bom, hoje ainda não é o dia.
Esperemos então pelo dia certo. Até lá, eu descubro se devo esperar ou des-esperar.
Afinal, no meio disso tudo ainda há uma coisa importante a ser (des)esperada.

[Espero não desesperar um ano]


[Te estás equivocando / no puedes seguir inventando / que el mundo sea otra cosa / y volar como mariposa.]

sábado, 11 de setembro de 2010

A+B=C?

Os últimos dias têm sido muito férteis para pensar em amor.
Pra variar, né? É só o que eu faço, no final das contas...

Mas assim, fiquei pensando em quanta coisa nós perdemos ou nos privamos de sentir completamente, por medo e por seguir costumes idiotas. Esse pensamento tem sido recorrente e acho que eu vou acabar ficando louca se continuar com esse pensamento dialético todo o tempo. (Hilde tem razão)

As coisas não deveriam ser como são. Mas como realmente são, you know?

Poxa, o que pode haver de errado em me apaixonar por duas pessoas? Nada. Não se isso for de verdade.

As coisas naturais não são essas contra as quais a gente tem que lutar para conseguir viver em sociedade. Natural é aquilo que a gente sente e não sabe bem de onde vem, mas sabe que é real. Ou ao menos parece ser real. E para ser verdadeiro basta que você acredite.

Parece um pouco revolucionário. Mas é muito simples. As coisas são muito mais simples. Nossos sentimentos não deveriam ser tão complexados e nos deixar completamente embaraçados.

Tudo pode ser como é.
Mas as pessoas têm medo de dizer 'não quero'. E aí inventam o 'não posso'. E por aí vai.
Tudo só vai virando uma grande bola de neve...
Neve nada, isso foi uma péssima analogia: sentimentos são sempre muito quentes.

Nossa. Eu só estou piorando as coisas....



[E dou risada de um grande amor....Mentira]

domingo, 8 de agosto de 2010

Pre-cisões

E o caso é que eu pensava em escrever textos sobre minha viagem à Amazônia - conheci Manaus.
Mas aí eu cheguei em casa. Mas passei por vários e lindos Ipês Amarelos, um jacaré e uma lagoa antes disso!
Me deparei com inúmeros emails não lidos. Dos importantes, vários continham problemas. 
(ai, pra quê voltar à realidade?!)
Fui ao Chá da Aurora e vi uma barriga linda, uma família feliz e velhos amigos!
Matei algumas saudades no bar do FIT.
Mas hoje, em alguma das 4 horas e meia de espetáculo, eu tive muita vontade de falar sobre o amor.
E sobre o que se diz sobre isso. E sobre o que se pensa sobre isso. E sobre o que eu falo e penso.

Então cheguei em casa e parei em frente ao computador. Não sei mais o que quero escrever.




(Travei muito tempo até a última frase)

Eu nem sei o que penso do amor...

Acho que ele é um belo de um caderno brochurão em branco esperando cores e letras e cifras.
Pronto. Essa é minha definição de amor. Ele não tem definição.

Não consigo pensar em mais nada que faça sentido.

Afinal, não é preciso ter sentido. É preciso sentir.
(Mas sentir não deve ser preciso)


[Navegar é preciso, viver não é preciso]

O amor pode ser uma bonita foto que quase passa despercebida
e tem ruídos causados pelos instrumentos escolhidos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fases. (mais uma delas)

Às vezes é muito difícil escrever as coisas.
Eu, por exemplo, odeio escrever quando sei que alguém está lendo. Não importo de lerem o resultado. Mas o processo.
É assim com todo processo. Também não gosto muito quando me vêem construindo uma cena.
Não sei porque, só sei que é assim. No melhor estilo Chicó de ser.

Certas ocasiões fazem a gente (re)pensar muitas coisas.
Agora eu vejo que é hora de pensar na próxima geração.
Não, eu não estou pensando em ter filhos. 
(Aliás, cada vez que uma amiga próxima me diz que está grávida eu tenho a enorme impressão de que algo está errado. Talvez seja eu que ainda não percebi que cresci.)
A próxima geração em questão é minha mãe.

Eu não sei como ela vai reagir a tudo, no final das contas. Por experiência, parece que quando se perde os pais, velhinhos, e se tem os filhos já criados (ou quase), as coisas perdem o sentido.
Não se tem muito por quem fazer as coisas, por quem ficar forte, alguém que dependa diretamente da gente.
Acho que deve ser isso. Ou mais ou menos isso.

Por essa razão, eu quero ter a consciência de que eu sou a pessoa por quem eu mais tenho que lutar, ainda que não haja outras pessoas que aparentemente necessitem de mim.
Por outras razões eu escolhi que, se for pra viver até bem velhinha, que eu tenha bastante saúde, mas se for pra escolher entre as heranças genéticas disponíveis, quero Alzheimer.
Por esse motivo, devo começar uma poupança que garanta meus remédios caros quando eu não mais puder trabalhar.
(E também espero que até lá seja realmente descoberta a cura!)

Não quero viver pra sempre. Perder as pessoas que você ama uma a uma é muito difícil. 
Imagina você vivendo pra sempre e vendo todos indo embora?? Definitivamente não é o que eu quero.

Mas também, da mesma forma que não quero sofrer, também não quero fazer as outras pessoas sofrerem.
Não sei se meu(s) filho(s) terão a oportunidade de cuidar dos avós dele (pelo menos os maternos), coisa que eu farei questão que eles me ajudem, se puderem.
É importante que eles saibam, aprendam e se acostumem para quando for a vez deles de ensinar os filhos a cuidar de mim e do pai deles.

Talvez o melhor ensinamento que um pai pode dar seja como tratar seus avós e como cuidar deles quando eles passam a ser filhos novamente.

Durante esses dias eu tenho tido vontade de escrever várias coisas. Mas todas as ideias começam e logo se esvaem, talvez pelo vício do Twitter, talvez porque a cabeça está cheia de mais de outras coisas...talvez)
Agora que parei pra finalmente escrever, sai esse texto enorme e talvez sem muito sentido para quem o lê.

Nesses dias em que vejo, pouco a pouco (às vezes nem tão pouco assim) minha vó ir embora.
Nesses dias em que fico me recordando, diariamente, da morte do meu avô.
Nesses dias em que seria legal ter alguém pra conversar que não esteja também absorto em preocupações, mas que ao mesmo tempo aquela coisinha que fica lá dentro de mim e que só os amigos mais próximos conseguem enxergar e que me faz querer ser/parecer/sentir mais forte do que realmente sou e consequentemente falar menos de mim, não permite.
Nesses dias em que sensações estranhas passam por nós e pensamentos esquisitos se fazem presentes.

Ninguém sabe como têm-se que se sentir. Ninguém, aparentemente, pensa nisso.
"Tem-se que" qualquer coisa?

"Nada que "tem que" pode ser bom."

No final desse texto que parece não ter fim e que cada parágrafo parece ser o último.
No final desse ciclo em que cada dia parece ser o último e todas as energias se consomem como se não houvesse amanhã.

Eu nem sei mais o que fazer nem se tudo o que eu disse tem sentido.
Tenho uma cama num quarto transformado em hospital para dormir.
Ela me espera para arrumá-la com meus cobertores e travesseiro que a noite passada estiveram no sofá.
(Há uma linha tênue entre respeitar seus limites e ser covarde)
E tem coisas que simplesmente não se pode evitar.

Boa noite com desejo de sonhos bons e sono eficiente para todos. Menos para a enfermeira (mas não é nada pessoal, é claro!)

[Arrebatador / Vem de qualquer lugar / Chega, nem pede licença / Avança sem ponderar]

sábado, 22 de maio de 2010



[Não quero mudar você / Nem mostrar Novos mundos / Porque eu, meu amor, acho graça até mesmo em clichês.]

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Os pés paralelos as mãos no chão. A bailarina, a borboleta se espalhando no ar.
O ano que termina...

Na verdade eu só estou falando porque resolvi brincar. Eu sou assim, é o meu jeitão.

Ela não pensa, ela não quer pensar. Ela só quer conquistar o mundo

A mãe que nasce do outro lado da cidade.

E você, já se sentiu usada hoje?

A Ana é azeda mas muito doce quando é doce.

E no final das contas quem está errado é você....
Esse mundo é muito estranho mesmo.

If I was young I'd flee this town I'd bury my dreams underground.

Essa sou eu vendo as coisas se repetirem.
E apertando o Flash-Foward. 
(ou futuroblack como diria o Menca!!)

sábado, 15 de maio de 2010

Peripécias.

É isso aí.
A verdade é que a vida nos consome enquanto pensamos que nós é que temos o controle.
Armamos estripulias e no fim quem nos surpreende é ela.
É sempre ela.

["A vida passa, eu telefono e você já não atende mais. Será que já não temos tempo nem coragem de dialogar?"]

domingo, 2 de maio de 2010

Desentendimentos, coincidências e inconsciente coletivo

Um dia eu entendi errado um exercício para uma aula de teatro. E organizei um texto que seria apresentado com uma cena que eu não faço a menor ideia de como seria!

Mas o texto, que mistura Ricardo Reis, Carlos Drumond de Andrade e Eugene Ionesco é esse:


          A realidade é sempre mais ou menos do que nós queremos. Só nós somos sempre iguais a nós próprios.
Os deuses são deuses porque não se pensam.
          A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, na força que não usamos ou na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento perdemos também a felicidade.
          Por isso, eu vou contar uma piada: "A raposa e a serpente". Certa vez uma serpente aproximando-se de uma raposa disse-lhe: "Parece-me que já a conheço". A raposa respondeu: "A mim também". "Então", disse a serpente, "me dá dinheiro". "Raposa não dá dinheiro" respondeu o ousado animal que para escapar pulou num vale profundo cheio de pés de framboesa e mel de galinha. A serpente já estava esperando, rindo com um sorriso mefistofélico. A raposa puxou a faca urrando: "Eu vou te ensinar a viver" Depois fugiu, virando as costas. Não conseguiu, a serpente foi mais esperta. Com um soco bem dado bateu na raposa, bem no meio da testa que se quebrou em mil pedaços, gritando: "Não, não! Quatro vezes não! Eu não sou sua filha!"




[Acho que a cena ia ser bem absurda!]















Só pra constar...o FireFox não é uma raposa numa queimada. É um panda vermelho, esse simpático aí do lado.

sábado, 1 de maio de 2010

Estive pensando sobre como as coisas são efêmeras e sobre como a vida de repente nos surpreende e faz com que toda imaginação se torne lembrança.
Tem gente de mais falando coisas de mais. Muitas formas de expressão, poucas pessoas se entendendo realmente.
Clichês.
Eu uso clichês para explicar o que sinto. As pessoas estão cansadas de ouvir as palavras que digo. Mas talvez nunca tenham parado pra pensar no significado delas...
Eu escuto os clichês a que me submetem. Mas confesso não entender muito.

Será que o mundo só faz sentido pra cada um?

[Pensando em partilhar minhas visões, mas achando impossível que alguém possa compreendê-las realmente. Profundamente. Claramente.]


A foto é de Tiago da Arcela de Souza.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

por Carpinejar

"A mulher não decide tudo de uma vez, mas nunca deixa de decidir.

Segue a vida por capítulos. Acompanhar seu raciocínio é entender que o dia de hoje será completado amanhã. Atende outro calendário, talvez o dos maias ou dos incas. Não arrisque bebê-la de um gole. Muito menos lento demais.

Não é como o homem que toma atitudes definitivas a cada manhã para sofrer em seguida e remoer o orgulho em silêncio. Ele não pretende justificar suas escolhas. A mulher não cansa de explicar para desvendar novos motivos.
(...)"



Leia o texto completo em:

http://carpinejar.blogspot.com/2010/04/despretensiosa-blusa-azul.html

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Corrigindo o mundo

Existe um objeto muito prático inventado pelo homem
que consiste em dois pedaços de vidro, de formato à escolha,
unidos por um pedaço de metal (às vezes plástico ou outros) de cor à escolha
que se encaixam perfeitamente sobre o nariz e as orelhas,
bem em frente aos olhos.

Alguns chamam de óculos.

Hoje eu preferi chamar apenas de amor!

[Atrás dessa lente também bate um coração!]

domingo, 28 de março de 2010

Tem muita coisa que eu queria falar.

Mas, pra variar, as palavras me faltam exatamente nesses momentos.
















--

Douglas Adams, Caetano Veloso, Barthes, Dog Days e Pesa-nervos, Vivendo com a Telenovela, PCSiqueira, Quebranto (foto)

E um desejo inexplicável de explicar tudo.

--

segunda-feira, 22 de março de 2010

Aquele "e meio" que todos pareceram querer adotar

Uma conversa,
Duas pessoas. Uma troca velada
de verdades absolutas sobre o nada.
Não existe nada ali.
Não que os dois saibam.
Mas eles sabem.
Entendem-se no desentendimento que provocam no outro.

[Tudo isso só acontece porque é baseado em impossibilidades]

quinta-feira, 11 de março de 2010

Google it -


Você não tem profissão,
não tem escola.
Nem mesmo desempregado você é.
[Já achei que era padre, mas passou]
Acho que nem rosto você tem mais.

Não tem amigos, comunidades, orkut, twitter
Vida social nem virtual.
Você não mora nem esconde...
Quer saber? Acho que você só existe quando é carnaval...

Sai logo da minha imaginação
porque se o indiscreto do google não te conhece,
ninguém mais poderia.
-Alucinação!

["Vai embora da minha cabeça, abuse do perfume, vista essa roupa, penteia esse cabelo só pra te estragar" - Graveola]

quinta-feira, 4 de março de 2010

;

Algumas vezes as pessoas tendem a fazer o que a gente não espera ou não quer que elas façam.
Acontece.
Pessoas diferentes pensam diferentemente, e isso é ótimo!

Mas isso também pode machucar, além de surpreender.

Conclusões do dia:
-Não esperar das pessoas o que a gente faria por elas.
-Namoro é para os outros. Amor que é pra gente.
-Quando a gente está seguro da vida, nada pode abalar nossas vontades.
-As coisas nem sempre estão perdidas quando parece que sim.

[Just dance, gonna be okay!]

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Só no carnaval...

No sonho de ontem eu descobria que uma pessoa era padre...

[Os argumentos que usei quando acordei para me convencer de que não era verdade, foram justamente os que no sonho faziam a conexão e mostravam a verdade (vai entender)]

Eu me disse: - Ele tem tatuagem.
Ele estava bebendo.
Ele estava com roupas normais.
Ele te beijou.

Mas tudo isso parecia contruir mais e mais pra imagem dele de Padre...



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje eu acordei com medo.
Eu não quis sair da cama, e a música no rádio falava sobre alma. Calma. Tempo.
A vida não pára
Havia uma dor no peito, e essa não tinha uma explicação óbvia. Não podia ser safadeza, drama, infâmia, apetite sexual nem mesmo infarto. (Se a resposta fosse amor seria menos óbvio ainda)

No sonho de hoje eu saía, precisava comprar algo mas não tinha dinheiro: a carteira tinha ficado em casa.
Acho que ainda não me acostumei a usar carteira.
Também não me acostumo a usar relógio.
Também não me acostumo a um monte de coisas e raramente consigo entender a maioria delas.

Mas hoje eu acordei com medo e eu não sei exatamente como foi que isso aconteceu.



A vida é tão rara.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Daquelas coisas que a gente aprende na internet.

Será que ninguém nunca me contou que se eu apertar duas vezes no mesmo link a mesma página vai abrir duas vezes?


[Ou não aprende, sei lá]

Achei bonita a cor das palavras dos meus amigos.

Sonhos e obviedades 1


Eu sonhei com um amigo andando de bicicleta.
Ele tinha dreads (que eu inventei).
Estava numa rua pouco movimentada. Parecia do interior.

Eu não sei andar de bicicleta.
Tem muito tempo que não vejo esse amigo. Mas sei que ele não tem dreads. Muito menos tão compridos quanto os que eu vi.
A última cidade de interior que eu fui foi diamantina.

Conclusão: Meu desejo secreto é ir pra Diamantina aprender a andar de bicicleta. E quero que esse amigo ensine.
Não parece óbvio?

[Mais óbvio ainda que eu precise tirar a foto da imagem que está na minha cabeça. Ela parece não existir nos arquivos do Google]