sábado, 3 de dezembro de 2011


Eu pensei muito tempo se você era a pessoa mais adequada para eu ter essa conversa. Provavelmente não é.
Provavelmente também, você não é a pessoa mais adequada para um monte de coisa mas mesmo assim eu escolhi você. Mesmo não achando que isso é sempre uma escolha - Há quem diga que sim, é uma escolha. Mas da emoção: Somos movidos pelo amor e pela necessidade de conforto. (Imaginar que somos guiados pela razão é um grande conforto para alguns).

Não é nada demais também. É só que me bateu uma insegurança danada. De repente. Você vai dizer que eu sou doida. Aliás, eu acho que você sempre diz que eu sou doida.
[Eu sou. E eu quero continuar sendo. Não queira me obrigar a não ser, por favor. Foi um caminho difícil até conseguir ser assim, não quero andá-lo de volta.]

É que eu tava em casa ouvindo uns absurdos, o make-everything-ok.com não deu conta de fazer tudo ficar ok e nem eu consegui arrumar a configuração da minha percepção da realidade objetiva. É que eu pensei na loucura que estou prestes a fazer. Pensei em mim. Pensei em você. Pensei na gente e pensei em tudo a que estou me sujeitando. Pensei na minha memória - que ultimamente tem sido minha inimiga justamente por funcionar demais. Pensei na vida. E, pra variar, acabei insegura. 

Eu tinha conseguido superar essa fase, mas hoje eu me senti simplesmente perdida. Sem saber o que fazer ou pelo menos ter certeza do que estou fazendo. Eu não sei o que esperar, eu não sei como me comportar eu nem mesmo sei o que dizer. Tem sido difícil falar. Ficou difícil falar com você depois que eu me vi medindo minhas palavras para não me (te) machucar.


Resumindo: estou com medo.


Eu não sei se este vai ser um dos bons aniversários da minha vida ou se simplesmente o pior dos piores...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pedido de ano novo

Esse ano, não vou pedir nada mirabolante de ano novo, já decidi.

Reveillon passado pulei sete ondinhas, bebi champagne, banhei-me na água do mar, estive com os amigos. Pedi várias coisas...(dizem que é um pedido por onda pulada, então eu segui a regra da superstição)
É incrível, vocês podem dizer que é coincidência...mas todos se realizaram. Não sei e não me importa muito, na verdade. Me importa que eu me diverti no dia e me importa que hoje eu estou alegre com as coisas que eu alcancei este ano, seja por mérito próprio seja por ajudinha-de-todos-os-santos!

Me lembro de ter pedido amor e esse acho que pedi mais de uma vez. Lembro do dinheiro. Lembro do sucesso. Lembro da felicidade. Lembro do sexo. Lembro de viagens.

Amor eu tive, desses de virar a cabeça, desses de se sentir amada de volta. Desses de ter orgulho por sentir e que ao mesmo tempo não te deixam saber o porquê de você ainda amar. Descobri faces novas dele. Descobri faces novas em mim. Cresci. Tive amor de amigo, muito e ainda...amizades cada vez mais fortes, mais sólidas mesmo quando não tão presentes. Reencontros. Novos encontros.

Quanto ao dinheiro devo dizer que não fiquei rica. Não fiquei mesmo!! Uma pena...mas tive dinheiro pra fazer várias coisas que eu queria. Viajei, comprei meu computador, comprei bobagens supérfluas, bebi com os amigos, dei presentes, não passei fome e me comuniquei (Coisas essenciais para o ser humano!!).

Se formos falar de sucesso como reconhecimento do grande público, eu definitivamente não tive. Mas obtive sucesso nos projetos a que me propus. A cena que eu fiz com meu grupo foi bem recebida. O espetáculo que eu fiz na faculdade foi muito bem aceito e continua gerando frutos e promete gerar até ano que vem. Sou elogiada no trabalho, ainda que ele não seja exatamente o que eu quero pra mim!

Felicidade eu nem preciso dizer que tive muitas esse ano. Alegrias e divertimentos também. Só de dizer que tudo isso aconteceu comigo, já é uma grande dica. E eu aprendi a tentar me divertir mais com as pequenas coisas, com as coisas nenhumas... Rir da desgraça depois que ela passa. E, algumas vezes, rir da desgraça enquanto lambe a nossa cara!

Um caso à parte é o sexo...para não ficar falando demais, devo dizer que me decepcionei um pouco mas fui recompensada!

Viajar é um dom que ninguém pode tirar de mim porque essa cabecinha aqui não é capaz de ficar quieta nem mesmo por um instante. Mas esse ano eu reconheci (fisicamente!rs) lugares dos quais eu não me lembrava direito, conheci lugares novos, pessoas novas, viagens novas.

Então, pensando que eu amei muito mas queria ter amado mais, tive dinheiro mas poderia ter feito ainda mais coisas com mais grana, tive sucesso mas algumas vezes não tanto quanto poderia ter tido, fui feliz mas chorei loucamente, transei mas não tanto quanto gostaria se pudesse, e viajei mas teria conhecido mais lugares....chego a uma única conclusão:

O QUE EU QUERO PRO ANO QUE VEM É CONSEGUIR FAZER AS COISAS ATÉ O FIM.
ATÉ O MÁXIMO QUE ELAS ME DEIXAREM FAZER.

Muito simples, mas nada fácil... quem sabe uma ondinha de piscina de plástico consegue substituir e ter a mesma força que o mar??! ;)


EVOÉ.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Saudades pra quê?

Saudade é bom quando se consome e não quando nos consome.

Maldade apenas...Consumir-se em vão, sentir uma saudade que nunca vai se matar.
O objeto da saudade não existe mais, e há que se entender, há que se conformar.

Sentir saudade do que já não existe é pior do que sentir saudade de quem já foi...


"É estranho sentir saudade de algo o qual mal vivi ou evitava viver" (risos) 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ela me perguntou o que eu faria em relação a isso.

-Nada. Eu me prometi que não vou fazer nada dessa vez.

E eu tenho tentado cumprir mais essa promessa.

domingo, 30 de outubro de 2011

eu demorei a aprender que o passado deve ficar no passado.
E agora eu acho que estou colhendo as consequências...boas ou não.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Escrevo pra saber como está a primavera por aí.

Aqui ela chegou bem diferente do que eu imaginava. Não está sendo fértil.
Mas, por outro lado, está sendo bastante renovadora.

Essa tem sido a palavra da nova estação: Renovar.
Acho que isso explica muita coisa. E conforta também.

Ainda não vi árvores carregadas de flores. Mas talvez seja cedo para querer isso.
O calor continua, aliás ele está cada vez mais forte. Estou com medo das consequências de uma chuva agora.
A gente se traumatiza. Da última vez choveram pedras e há estragos até hoje por aí.


Mas tá servindo pra eu entender o real significado da primavera.
É pra tirar o que não serve, como os pássaros que jogam fora os ovos com defeitos.
Como a fruta podre que cai, essas coisas.

Quando me disseram que a primavera era boa, não me disseram que era de um jeito inusitado.
Mas ser bom nem sempre significa ser agradável, é o que parece.

Espero que a primavera seja pra você um bom momento. 
Como o verão.
Que seja quente e segura.
E que seja doce, se possível.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Em casa, pensando, desabafando e falando demais numa sexta à noite!

Eu sempre quis ser mãe. Desde pequena, dentre todos os outros, esse era o único desejo que eu tinha certeza de que deveria realizar.
Se não fosse o bom senso e a incapacidade de procriar sozinha (além de outras coisas um pouco óbvias) eu teria tido um filho aos 12 anos!

Pois bem. Certeza infiltrada, só faltava agora crescer e esperar o tempo certo para poder engravidar.
Fui ficando mais velha a preocupação passou a ser: qual será a hora certa?

Me derreto e fico com cara de bobinha toda vez que vejo algum bebê na rua. Eu mesma fico parecendo uma criança.
Nos últimos meses, tive contato mais próximo com uma criança. E, olha...tudo o que eu tenho feito é repensar esse meu desejo antigo!!!

Sabe, eu não quero desencorajar ninguém de ser mãe. Longe de mim, aliás! Afinal, sem bebês no mundo, meus motivos para me derreter ficariam muito restritos!

Mas é que eu estou vendo o quanto é difícil. (E agradecendo por todas as tentativas anteriores terem sido frustradas!) Não que eu tenha desistido de ser mãe. Eu só estou pensando muito bem e pesando todos os pós e contras dessa árdua profissão.
Porque se fosse apenas ficar grávida (o que, depois de um tempo, também percebi que não é mil maravilhas. Mas essas partes ninguém conta...E isso pode ser assunto para outro post!), pois é...se fosse só a parte de ficar grávida aí chegava no nono mês e, sei lá...ganhávamos uma grande boneca falante com a qual teríamos que conviver por um mês e a bateria acabava, tudo seria mais fácil. (Mas bem mais sem graça também...imagina passar nove meses com uma criaturinha na barriga, criando laços e amores para no fim a boneca morrer sem uma boa pilha Duracell que não pode ser trocada??) 
Mas não, ter um filho é pro resto da vida. Mesmo: sem interrupções, sem férias, sem edições e nem sempre com trilha sonora.
Com isso eu percebo que não estou acostumada a fazer coisas que durem por muito tempo ou que eu planeje que dure. Eu não tenho um emprego fixo, eu acabo de decidir que quero que a faculdade acabe logo, eu escolhi uma profissão que provavelmente vai me transformar automaticamente em free lancer e eu não consigo nem me imaginar em um relacionamento que dure muito tempo. (Mais uma vez eu invento assunto para outro post). Com isso tudo, sem capacidade de ter estabilidade para a minha própria vida, às vezes sem ter como comprar um sorvete no calor por conta própria, eu me pergunto: COMO É QUE EU POSSO TER UM FILHO??

E é nessa hora que começam todas as crises sobre a vida. Será que vai ser assim pra sempre? Será que eu deveria ter escolhido outra profissão? Será que eu deveria ter aceitado aquele emprego e hoje, apesar de entediada, ter um bom salário fixo e estabilidade? Será que eu deveria ter feito um monte de coisas diferentes ou que deveria passar a fazer daqui pra frente?

É que a idade vem chegando (assunto recorrente por aqui!) e eu comecei a perceber que tem um monte de coisas que não podem mais serem deixadas pra depois. Aquela hora, que quando eu era criança estava tão longe, está aqui, na minha cara. E eu não posso mais imaginar que a hora de ser madura e responsável é daqui a muito tempo ainda...

Eu ainda me imagino sendo mãe. Eu ainda quero muito ficar grávida. Eu imagino formas de contar para o pai da criança.
Eu escuto por aí que colocar uma criança nesse mundo louco que estamos destruindo é uma loucura. Pode ser, mas tem muita criança querendo nascer e se não for por mim, o que não falta nesse mundo é mulher. (E aqui vem aquele meu sentimento de que as outras pessoas não fazer isso tão bem quanto eu e pego logo a responsabilidade para mim - sempre fui assim)
E...na boa? Eu não estou com muita vontade de deixar passar essa experiência!!

Ainda não sei se é melhor ter a idade mais próxima da do seu filho para ter capacidade de entender melhor a geração dele, ou se é melhor ter um filho sendo mais velha, pra ser mais madura e saber lidar com todas as coisas (também conhecidas como dificuldades). 
Ainda tenho certeza que passar dias e noites em claro para decifrar choros não é fácil. Sei que ter que ir trabalhar e deixar um pequerrucho em casa morrendo de saudades é menos fácil ainda. Conseguir educar, nem se fala. Saber conversar, convencer, ensinar, dar os exemplos certos...é tudo muito complicado e, às vezes eu penso, uma pura questão de entrega, de altruísmo, de renúncia. Levar pra escola, pagar as contas, consolar o fim do namoro, conseguir que ele(a) converse e confie em você, entender, ser entendido. Ir à colação de grau, ao casamento, ver os netos nascerem. Ajudar a criá-los...
Não é fácil. Ninguém disse que era.

Eu não quero me iludir - nem poderia - de que ser mãe é a oitava maravilha do mundo. 
Acredito que seja sensacional. Tenho certeza de que é impagável, insubstituível. Pessoal e intransferível!!
Sei de todas essas dificuldades.

E no fim, sendo bem sincera, não vejo a hora de descobrir que a hora certa chegou!!!